A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, esquivou-se de comentar o resultado da pesquisa CNT/Sensus divulgada na segunda-feira, que indica a redução da distância entre ela e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), na corrida pela sucessão presidencial de 2010. "Gostei muito da parte referente à aprovação do governo, de 69%", afirmou a ministra.
Como ontem comandou o balanço do PAC, Dilma afirmou que a parte da aprovação do governo a interessa muito. Para Dilma, o porcentual revela a forma como a população recebe o governo e seus projetos. "Acho que a população reconhece o esforço do governo, tanto no que se refere ao PAC, quanto aos programa como o Minha Casa, Minha Vida", disse. Ela acrescentou que é natural haver oscilação desse porcentual ao longo do tempo.
A ministra respondeu a todas as perguntas dos repórteres durante o balanço do PAC. Mas mostrou irritação com as imagens exibidas no telão. Reclamou que não conseguia ler as legendas e determinou aos assessores que identificassem as fotografias para ela. Depois, pediu 10 minutos para divulgar o trem-bala. E desceu até os jornalistas para, mais uma vez, submeter-se às dezenas de perguntas da entrevista "quebra-queixo", em que os microfones, às vezes, quebram o queixo do entrevistado.
Dilma só saiu do auditório do Palácio do Itamaraty, onde foi feito o balanço, depois de ser chamada insistentemente pelo ministro Franklin Martins (Comunicação de Governo). "Dilma, vamos embora; Dilma, vamos embora", repetiu Franklin.