18 de julho de 2008

Emprego bate recorde puxado por serviços, construção e agricultura


A contratação de trabalhadores com carteira assinada bateu recorde no mês de junho e no primeiro semestre de 2008. Segundo dados do Ministério do Trabalho, foram abertas 309.442 vagas em junho, o que representa o melhor resultado para um mês na história. O recorde anterior do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) ocorreu em abril de 2007 (301.991 vagas). "Nós tivemos o maior número de empregos formais no Brasil conquistados em um mês. É um recorde de toda a história do Caged", disse o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.

No primeiro semestre do ano, o estoque de empregos formais cresceu 4,7%, representando o incremento de 1.361.388 postos de trabalho, o maior saldo registrado no período. Nos últimos 12 meses, a variação acumulada atingiu 6,62% ou 1.883.277 novos postos, resultado que se revelou mais favorável que o ocorrido no mesmo período do ano anterior -alta de 5,12%, mais 1.400.391 empregos formais.

O ministro revisou para cima sua previsão de aumento na geração de vagas neste ano, que anteriormente era de 1,8 milhão. "Eu acredito que nós vamos passar de 2 milhões. Todos os dados da economia nos levam a esses números e eu estou muito otimista", afirmou Lupi.

No semestre, o setor da economia que mais criou vagas foi o de serviços, com 438,8 mil novos postos. Em seguida vem a indústria de transformação, com 317,9 mil postos. A agricultura gerou 227 mil vagas e a construção civil, 197 mil postos. "Estamos crescendo em todos os setores e isso é bom porque não temos uma bolha de crescimento", disse o ministro.

Os novos 1,3 milhão de empregos no semestre resultaram de 8,5 milhões de novas contratações e 7,1 milhões de demissões. No semestre, a fiscalização do Ministério do Trabalho levou à formalização 303 mil trabalhadores - 3,6% do total de novos contratados.

No mês de junho, especificamente, as maiores contratações foram feitas pelo setor agrícola. Foram 92.580 vagas, um saldo recorde e 40% superior ao registrado em junho de 2007. Os destaques foram o cultivo de café em São Paulo e Minas e de frutas cítricas na região paulista. A construção civil teve desempenho recorde, criando 36.758 postos de trabalho em junho, geração 99% superior à maior já registrada até então, ocorrida em junho de 2007 (18.469 postos).

O comércio também apresentou dinamismo, ao responder pela geração de 48.213 empregos, o melhor desempenho do período da série do Caged, saldo 71% superior ao ocorrido em idêntico período do ano anterior (28.162 postos) e 50% maior em relação ao recorde passado verificado em junho de 2005 (32.123 postos). Já a indústria criou 52.214 empregos em junho, também o melhor resultado do período da série do Caged.

Regionalmente, houve aumento no número de vagas em todos os Estados no semestre, com exceção de Paraíba (- 6.042 vagas), Pernambuco (- 4.430) e Alagoas (- 39.980). Os destaques positivos foram São Paulo (577.745) e Minas (218.490). No total, o número de trabalhadores com carteira assinada passou de 28,9 milhões no fim de 2007 para 30,3 milhões em junho. Os setores com mais trabalhadores formais são o de serviços (11,8 milhões), a indústria de transformação (7,3 milhões) e o comércio (6,6 milhões).


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