25 de julho de 2008

Caixa atinge R$ 9,18 bi em empréstimos no semestre


A Caixa Econômica Federal registrou no primeiro semestre deste ano o volume recorde de R$ 9,18 bilhões em financiamento imobiliário, valor que representa um crescimento de 34% em relação ao mesmo período de 2007. Do total movimentado, R$ 5,36 bilhões tiveram como origem o FGTS, uma alta de 47%, enquanto a caderneta de poupança originou outros R$ 3,46 bilhões, um salto de 33%. Os R$ 370 milhões restantes vieram de consórcios imobiliários e de fundos sociais do governo.

Apesar do maior volume financeiro, o número de unidades financiadas caiu. Foram 201 mil no primeiro semestre, contra 229 mil no mesmo período de 2007, uma queda de 12%. Segundo o vice-presidente da Caixa, Jorge Hereda, o recuo se deve ao fato de o banco ter priorizado o financiamento de imóveis prontos e não mais a compra de material para a construção de novas unidades. A estratégia levou à elevação do valor médio de cada unidade financiada.

Segundo o banco, os imóveis financiados no primeiro semestre com recursos da poupança custaram, em média, R$ 150 mil. Nessa categoria, a Caixa respondeu por 49,5% do total de imóveis financiados. Foram 63,62 mil unidades, contra 64,88 mil dos demais bancos somados. Em valores, no entanto, a fatia do banco público cai para 26,8%.

Maior mercado da Caixa, o Estado de São Paulo respondeu no primeiro semestre por mais de 26% do total financiado pelo banco, com R$ 2,4 bilhões, alta de 34% sobre o mesmo período de 2007. Diante de uma demanda crescente, o superintendente regional Augusto Bandeira Vargas disse que irá pedir à matriz cerca de R$ 1 bilhão a mais para emprestar em São Paulo durante o segundo semestre. Segundo ele, os recursos devem vir tanto do FGTS quanto da poupança.

De volta ao âmbito nacional, Hereda disse projetar um total de R$ 20,4 bilhões financiados ao final de 2008, o que significará a manutenção dos atuais 34% de crescimento sobre o exercício anterior. Até ontem, o volume movimentado já estava na casa dos R$ 10,4 bilhões, de acordo com o executivo, que lembrou que, na comparação com 2003, o volume de financiamentos irá mostrar expansão superior a 300%.

Outro fator que encoraja as projeções da Caixa é o nível de inadimplência. Durante os seis primeiros meses deste ano, os valores vencidos há mais de 90 dias representavam 2,63% da carteira total, contra 3,58% observados na média do sistema financeiro. No ano passado, a inadimplência da Caixa ficou em 4,2% da carteira, mesmo percentual registrado na média dos demais bancos.

As expectativas de Hereda já levam em conta o processo de alta nos juros, iniciado em abril pelo Banco Central (BC) para o combate à inflação crescente. Segundo ele, o dinheiro mais caro não terá impacto sobre as condições dos financiamentos da Caixa, tanto no segundo semestre deste ano quanto em 2009. "Acreditamos que o que acontece na economia é momentâneo", disse ele, que prevê para o segundo semestre do ano que vem a retomada dos cortes na Selic.



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