25 de julho de 2008

Bolsa-Família vai capacitar mão-de-obra


O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome vai pôr em andamento, a partir de setembro, um programa de capacitação de mão-de-obra para os beneficiários do Bolsa-Família. O programa, desenvolvido em parceria com o Ministério do Trabalho, deverá beneficiar numa primeira etapa 185 mil pessoas. Elas estão sendo selecionadas por meio do Cadastro Único - que reúne informações de pessoas de famílias com renda mensal de até três salários mínimos em todo o País.

O programa constitui mais uma maneira de ajudar as pessoas a encontrar a porta de saída do Bolsa-Família, ou, como prefere dizer o ministro Patrus Ananias, a emancipar-se. “Nosso objetivo é capacitar as pessoas para que possam aproveitar melhor as oportunidades de emprego nos locais onde vivem”, diz ele. “Serão mais oportunidades de inclusão.”

Os selecionados receberão, a partir de setembro, uma carta comunicando a escolha e indicando os locais onde poderão fazer os cursos de capacitação. As atividades profissionais selecionadas nessa etapa estão ligadas principalmente ao setor de construção civil: pintor, azulejista, carpinteiro, eletricista, encanador e outras.

As cidades escolhidas para dar a partida no programa foram São Paulo, Rio e Fortaleza. Na segunda-feira os gestores municipais do Bolsa-Família nessas três capitais passarão a receber informações sobre como deverão atuar.

O programa será levado adiante pela Secretaria de Geração de Oportunidades - órgão do ministério que ainda está sendo criado e substituirá a atual Secretaria de Articulação Institucional e Parcerias. Enquanto a atual secretaria dá prioridade às relações com empresas, a nova terá como foco a questão do emprego.

ÍNDICES

Segundo Patrus, os constantes aumentos nos índices de emprego registrados recentemente no País não atingem a maioria dos beneficiários do Bolsa-Família. “Isso ocorre porque a retomada do emprego está voltada sobretudo para trabalhadores qualificados”, explica Patrus. Daí o esforço para qualificar as pessoas.

A criação de oportunidades de trabalho com carteira para os beneficiários do Bolsa-Família - que completa cinco anos de existência em outubro - tem sido uma preocupação freqüente nas conversas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o programa, afirma o ministro.

Além da nova secretaria, Patrus também articula, com um projeto já encaminhado ao Congresso, o aumento do número de funcionários de sua pasta - atualmente com 1.300 pessoas, das quase 700 são terceirizadas.

Na opinião do ministro, as políticas sociais do Brasil devem continuar sendo aperfeiçoadas e ampliadas. “Não acho que as políticas sociais um dia vão acabar, como imaginam algumas pessoas. Sou defensor do Estado do bem-estar social”, afirma. “Isso significa a construção de um país que ofereça a todas as pessoas um patamar igual de direitos e oportunidades. A cada ser humano as mesmas chances.”

O Bolsa-Família atende 11 milhões de famílias. Desse total, 206.700 estão no Estado São Paulo - para onde o programa destina mensalmente R$ 13,8 milhões.

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