22 de fevereiro de 2008

Dívida interna cai 1,71% em janeiro


O estoque da dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi), em janeiro, reduziu-se 1,71% e chegou a R$ 1,2 trilhão. O pagamento de juros no mês passado foi de R$ 13,39 bilhões. Pelo fato de janeiro ser um dos meses chamados "cabeça de trimestre" e concentrar vencimentos de títulos prefixados, ocorre diminuição do estoque e há pequena deterioração na composição dos papéis.

O resgate líquido, em janeiro, foi de R$ 34,3 bilhões, decorrente de emissões de R$ 28,6 bilhões e resgates de R$ 62,9 bilhões. A dívida interna representa 91,81% da dívida pública federal.

Na comparação com dezembro, a participação dos prefixados caiu de 37,31% para 34,92% e a parcela ligada à Selic elevou-se de 33,39% para 34,77%. O grupo dos títulos ligados a índice de preços aumentou de 26,26% para 27,22%. Sem considerar as operações de swap, o peso dos papéis remunerados pela variação cambial aumentou ligeiramente, de 0,95% para 0,96%.

Em janeiro, a dívida interna teve ampliada sua parcela de curtíssimo prazo. Ela passou de 30,15% para 32,79% do total. No mês passado, o prazo médio da DPMFi aumentou de 36,47 meses para 37,61 meses e o custo médio acumulado nos últimos 12 meses reduziu-se de 12,88% ao ano para 12,78%.

O Tesouro informou ontem que os últimos leilões tradicionais de títulos, realizados em fevereiro, mostraram queda das taxas pagas aos investidores. O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Guilherme Pedras, comentou que janeiro teve aumento dos juros em função das notícias da turbulência financeira internacional. "Têm ocorrido ajustes de preços de NTN-B e de outros papéis por causa das notícias da crise. A demanda tem sido de bom volume, com preferência para os prefixados", disse.

Esses leilões de fevereiro mostraram, segundo Pedras, aumento da demanda e foram realizados antes do anúncio da inflação de janeiro, menor que a de dezembro. Na opinião dele, o último leilão de NTN-B (índice de preços) teve volume considerável ofertado - 2,4 mil papéis curtos, com vencimentos em 2011, 2013 e 2017 - e tudo foi vendido.

O volume financeiro foi de R$ 3,8 bilhões. Além disso, afirmou que, desde o início do ano, as taxas das LTN (prefixadas) vinham subindo mas têm caído de forma "consistente" nas últimas semanas, segundo o Tesouro.

O relatório da dívida pública referente a janeiro também informou que o maior volume de emissões (R$ 15,2 bilhões ou 53,05%) foi de prefixados. Os papéis ligados à Selic captaram R$ 8,5 bilhões (29,74%), seguidos pelos títulos remunerados por índice de preços (R$ 4,8 bilhões ou 16,71%).

Pedras revelou ontem que fevereiro foi o primeiro mês com novas regras de conduta para os funcionários do Tesouro. Agora, podem comprar, com salvaguardas, títulos públicos no Tesouro Direto. O estoque desse programa chegou, em janeiro, a R$ 1,42 bilhão, com emissões de R$ 128,44 milhões (recorde mensal de vendas) e resgates de R$ 154,68 milhões. O coordenador informou que os papéis prefixados e os ligados a índice de preços responderam por 90% da demanda. Os registros indicam que há 106.139 investidores cadastrados, o que significa aumento de 39,15% nos últimos 12 meses.

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