8 de janeiro de 2008

Vendas de veículos vão crescer apesar do IOF, diz Anfavea


A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) não mudou as previsões de vendas para 2008 em razão do aumento de alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ao contrário do que aposta o governo federal, a entidade que representa os fabricantes não acredita que haverá freio no consumo e mantém a projeção de crescimento de 17,5% do mercado interno neste ano.
"Mesmo com o aumento de imposto sobre o financiamento de veículos, apostamos que isso não irá causar impacto nas vendas de veículos novos", afirmou ontem Jackson Schneider, presidente da Anfavea. "Na pior das hipóteses, pode haver um tempo de adaptação para o consumidor entender o que mudou na carga tributária, mas sem grandes sobressaltos."
O presidente da Anfavea disse, no entanto, que o momento é ideal para uma discussão "séria" no Congresso Nacional sobre a reforma tributária. "Temos que simplificar isso", cobrou. "Não dá para a sociedade, a cada quatro meses, ficar debruçada tentando entender essa cobrança maluca de impostos", disse.
Na primeira reunião do ano com a imprensa, a Anfavea apresentou o número oficial sobre a produção e vendas de 2007. Com dois dias a mais de trabalho, a indústria automobilística teria fechado o ano passado com a produção exata de 3 milhões de unidades. Mas o número oficial ficou 2,97 milhões, crescimento de 13,9% sobre os 2,61 milhões produzidos em 2006.
O mercado interno apresentou 2,46 milhões de unidades emplacadas, o que significa crescimento de 27,8% sobre o 1,93 milhão de veículos vendidos em 2006. Projeções da Anfavea indicam que as vendas continuarão altas no primeiro trimestre de 2008, mantendo forte ritmo de crescimento.

O presidente da Anfavea afirmou que até março concluirá um levantamento com os fabricantes para saber se a capacidade instalada aumentou. Projeção de 2005 indicava que o Brasil tinha condições de produzir até 3,5 milhões. Em novembro do ano passado, a indústria atingiu picos de produção mensal de 300 mil unidades, o que, em tese, garantiria produção anual de 3,6 milhões de veículos.
Mesmo sem terem construído novas fábricas, as montadoras podem ter ampliado a capacidade de produção com a eliminação de gargalos internos - como linhas de pintura ou usinagem mais modernas. Esse esforço de produção poderia garantir ao País uma maior capacidade instalada, o que colocaria o Brasil definitivamente na sexta posição do ranking mundial de fabricantes, ultrapassando a Espanha e a França, países que até 2006 detinham a sétima e sexta colocação, respectivamente.

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