A taxa de desemprego deverá fechar o ano em um dígito, afirmou ontem o pesquisador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Pereira. Até novembro, a média de desocupação da população economicamente ativa é de 9,5%. No mesmo período em 2006, essa taxa ficou em 10,1%, e, no ano passado, a média final alcançou 10%.
Dificilmente, a taxa de desemprego em dezembro vai ficar acima da verificada em novembro - previu. - A tendência histórica é de queda, com maiores níveis de contratação temporária no último mês do ano.
Historicamente, a taxa de desemprego em dezembro cai pelo menos 1 ponto percentual em relação a novembro. Se a tendência for mantida, o índice no último mês de 2007 ficará em torno dos 7%.
Cimar Pereira acrescentou que a maior parte dos índices relativos à Pesquisa Mensal de Emprego foram recordes em novembro.
Um deles é o nível de ocupação da população, medido entre as pessoas com idade ativa (acima dos 10 anos). Em novembro, essa média ficou em 52,6%. No ano, a média é de 51,1%.
Já o nível de desocupação (população desocupada sobre a população com idade ativa) foi de 4,7% em novembro e de 5,4% de janeiro a novembro, ambos recordes.
Carteira assinada
O percentual de trabalhadores com carteira assinada também é recorde na série. Em novembro, 43,4% dos trabalhadores tinham carteira assinada. De janeiro a novembro, a média é de 42,4%. No mesmo período em 2006, essa taxa era de 41,4%.
Somando-se funcionários públicos, trabalhadores domésticos e militares, os empregados com carteira assinada representavam 50,6% do mercado total, em novembro. Os trabalhadores por conta própria significaram 19,3% do total.
O número de trabalhadores com carteira assinada cresceu, mas ainda é inadequado - comparou Pereira - A informalidade ainda é muito grande, representa 30% do mercado, sem levar em consideração os que trabalham por conta própria.
O rendimento médio do trabalhador em 2007 só está abaixo do registrado em 2002. Naquele ano, de março a novembro (a série foi iniciada no terceiro mês de 2002), a renda média ficou em R$ 1.200,02. No mesmo período este ano, a média foi de R$ 1.133,01. De janeiro a novembro deste ano, a renda média dos ocupados é de R$ 1.133,90