A Nippon Steel Corporation, principal siderúrgica japonesa e número 2 do mundo, vai ampliar sua participação no capital da Usiminas, em linha com a estratégia de se consolidar como principal investidora nipônica na companhia brasileira. Segundo apurou o Valor, a Nippon está comprando as ações do banco estatal japonês Japan Bank for International Cooperation (JBIC) na Nippon Usiminas, consórcio que desde os anos 50 reúne os grupos japoneses que participaram da criação da Usiminas, entre eles a própria Nippon.
A negociação envolve a aquisição dos 30% do JBIC no consórcio. Com essa operação, elevará sua participação de 52% para 82% no grupo de investidores japoneses.
Não é a primeira vez que a Nippon Steel se movimenta dentro da Nippon Usiminas. Em dezembro, conforme comunicado divulgado ao mercado, a companhia elevou sua participação de 15% para 50,9% no consórcio. Com a reorganização societária da Usiminas, o consórcio passou a deter 21,6% do capital votante da empresa (33,77% de ações vinculadas ao acordo de acionistas).
O fato é que a estratégia da Nippon em relação a Usiminas ficou mais evidente a partir de novembro, quando decidiu entrar diretamente no capital da siderúrgica brasileira, uma das maiores produtoras de aços planos da América Latina. Na época, foi concluída, depois de um ano de negociações entre os sócios, a mudança societária da empresa brasileira, que envolveu a saída de alguns acionistas do capital e redução das partes de outros.
A Nippon Steel, assim como os grupos Votorantim e Camargo Corrêa, compraram participações vendidas pelo Bradesco, Vale do Rio Doce, Clube dos Empregados da Usiminas (CEU) e família Johannes (dona da distribuidora de aço Fasal). Nessa operação, ficou 1,7% de participação direta.
Com esse percentual, mais as aquisições realizadas dentro da Nippon Usiminas, a companhia japonesa elevou sua fatia direta e indireta no capital votante da Usiminas para 12,9%. Ao adicionar a participação detida pelo JBIC, seus interesses na siderúrgica deverão subir para 19,4%.
"O objetivo da Nippon é adquirir ainda as cotas em poder da também japonesa JFE Steel e da Mitsubishi e assumir o controle integral do consórcio", relatou uma fonte ao Valor. Dessa forma, poderá consolidar em seus balanços parte da produção (8,8 milhões de toneladas em 2006) e resultados da Usiminas. A tendência é o consórcio desaparecer no futuro.
O interesse da Nippon Steel na brasileira foi reafirmado na semana passada, com a presença de seu principal executivo, Akio Mimura, que participou do 20º Congresso Brasileiro de Siderurgia como palestrante. Na terça-feira, Mimura, junto com Rinaldo Campos Soares, presidente da Usiminas, foi de São Paulo para Brasília de jatinho. Acompanhados do embaixador japonês no país, fizeram visita de quase uma hora ao presidente da República Luís Inácio Lula da Silva.
No encontro em Brasília, Mimura, que não conhecia Lula pessoalmente, destacou o plano de investimentos de US$ 8,4 bilhões planejado para Usiminas até 2015, elevando sua capacidade para 15 milhões de toneladas de aço. Na quarta-feira, visitou pela primeira vez a usina da Cosipa, em Cubatão (SP).
Procurado, o representante-chefe do JBIC no Brasil, Taketoshi Aikawa, informou que desconhecia a operação porque há assuntos que não passam por aqui. Soares, da Usiminas, informou que "não iria comentar assunto pertinente aos acionistas da empresa".
A negociação envolve a aquisição dos 30% do JBIC no consórcio. Com essa operação, elevará sua participação de 52% para 82% no grupo de investidores japoneses.
Não é a primeira vez que a Nippon Steel se movimenta dentro da Nippon Usiminas. Em dezembro, conforme comunicado divulgado ao mercado, a companhia elevou sua participação de 15% para 50,9% no consórcio. Com a reorganização societária da Usiminas, o consórcio passou a deter 21,6% do capital votante da empresa (33,77% de ações vinculadas ao acordo de acionistas).
O fato é que a estratégia da Nippon em relação a Usiminas ficou mais evidente a partir de novembro, quando decidiu entrar diretamente no capital da siderúrgica brasileira, uma das maiores produtoras de aços planos da América Latina. Na época, foi concluída, depois de um ano de negociações entre os sócios, a mudança societária da empresa brasileira, que envolveu a saída de alguns acionistas do capital e redução das partes de outros.
A Nippon Steel, assim como os grupos Votorantim e Camargo Corrêa, compraram participações vendidas pelo Bradesco, Vale do Rio Doce, Clube dos Empregados da Usiminas (CEU) e família Johannes (dona da distribuidora de aço Fasal). Nessa operação, ficou 1,7% de participação direta.
Com esse percentual, mais as aquisições realizadas dentro da Nippon Usiminas, a companhia japonesa elevou sua fatia direta e indireta no capital votante da Usiminas para 12,9%. Ao adicionar a participação detida pelo JBIC, seus interesses na siderúrgica deverão subir para 19,4%.
"O objetivo da Nippon é adquirir ainda as cotas em poder da também japonesa JFE Steel e da Mitsubishi e assumir o controle integral do consórcio", relatou uma fonte ao Valor. Dessa forma, poderá consolidar em seus balanços parte da produção (8,8 milhões de toneladas em 2006) e resultados da Usiminas. A tendência é o consórcio desaparecer no futuro.
O interesse da Nippon Steel na brasileira foi reafirmado na semana passada, com a presença de seu principal executivo, Akio Mimura, que participou do 20º Congresso Brasileiro de Siderurgia como palestrante. Na terça-feira, Mimura, junto com Rinaldo Campos Soares, presidente da Usiminas, foi de São Paulo para Brasília de jatinho. Acompanhados do embaixador japonês no país, fizeram visita de quase uma hora ao presidente da República Luís Inácio Lula da Silva.
No encontro em Brasília, Mimura, que não conhecia Lula pessoalmente, destacou o plano de investimentos de US$ 8,4 bilhões planejado para Usiminas até 2015, elevando sua capacidade para 15 milhões de toneladas de aço. Na quarta-feira, visitou pela primeira vez a usina da Cosipa, em Cubatão (SP).
Procurado, o representante-chefe do JBIC no Brasil, Taketoshi Aikawa, informou que desconhecia a operação porque há assuntos que não passam por aqui. Soares, da Usiminas, informou que "não iria comentar assunto pertinente aos acionistas da empresa".