5 de junho de 2007

Petrobras vai explorar blocos na Índia

Parceria com estatal indiana ONGC prevê aportes de US$ 150 milhões só para perfuração de poços. Os investimentos da Petrobras na Índia miram reservas com potencial de gás de pelo menos 112 bilhões de metros cúbicos. O volume equivale a um terço das jazidas da bacia de Santos em apenas um dos três blocos indianos em que a estatal brasileira estará presente. Nas outras duas áreas exploratórias da Índia, a quantidade de gás existente será estimada a partir da perfuração de poços, atividades que consumirão da Petrobras investimentos de até US$ 150 milhões nos próximos três anos, como revela o gerente-executivo da área internacional para África e Ásia da estatal, Samir Awad.

A Petrobras e a estatal indiana ONGC selaram parceria ontem para a exploração de seis blocos exploratórios. No Brasil, as áreas estão localizadas no Maranhão, na Bacia de Sergipe-Alagoas, e na Bacia de Santos. Na Índia, os blocos a serem explorados ficam nas bacias de Krishna Godavari, Mahanadi e Cauvery. Todos são em águas profundas e será perfurado pelo menos um poço em cada bloco.
"Foi uma troca de ativos. A participação em cada bloco dependerá do volume de reservas, mas os investimentos desembolsados por cada companhia serão os mesmos", afirmou Awad, que participou da cerimônia de assinatura dos contratos em Nova Deli. No bloco com reservas já estimadas, a Petrobras terá 15% de participação, podendo chegar a 30% da área conforme o andamento do processo exploratório. Nos outros dois, a estatal brasileira participará com 40% e 25%.

As conversas entre a Petrobras e ONGC começaram no ano passado. As negociações avançaram em março e as companhias aguardavam a oportunidade do encontro entre os governos indiano e brasileiro para concretizar o memorando de intenções.
A cerimônia de ontem contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e do primeiro ministro da Índia, Manmohan Singh. Também participaram da solenidade os diretores da Petrobras Nestor Cerveró, da Área Internacional (ANI), e Guilherme Estrella, de Exploração e Produção (E&P), os gerentes executivos Francisco Nepomuceno, de Exploração e Produção, e Samir Passos Awad, da Área Internacional (América, África e Eurásia).

A ONGC produz cerca de 600 mil barris de petróleo e 70 milhões de metros cúbicos de gás por dia e tem procurado diversificar sua atuação com investimentos em outros países. Recentemente, adquiriu 15% de participação nos campos de Ostra, Abalone, Argonauta e Nautilus, na Bacia de Campos, operados pela Shell, nos quais a Petrobras participa com 35%.
O interesse da ONGC está na tecnologia de exploração em águas profundas, dominada pela Petrobras. A tecnologia da estatal brasileira atrai também países como Paquistão e China.

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