Cerca de 50 mil estrangeiros vieram ao Brasil no ano passado para tratar da saúde. Foi um avanço de 65% em relação a 2004, segundo o Ministério do Turismo, consolidando o País como destino do chamado "turismo de saúde". O ministério estima que metade dessas pessoas veio em busca de cirurgia plástica em clínicas do Rio de Janeiro, São Paulo, e em balneários no nordeste, como em Fortaleza.
Os números indicam o País como o local mais popular para a realização de cirurgias plásticas fora os Estados Unidos - um centro mundial para o que o ministério chama de lipoturismo, um trocadilho para lipoaspiração, procedimento cirúrgico que remove a gordura do estômago e coxas.
Para a Sociedade Internacional de Cirurgia Estética (Isaps), o mundo vem ao Brasil para acabar com rugas e diminuir o abdômen em boa parte devido à influência do Ivo Pitanguy. O brasileiro é um dos primeiros cirurgiões plásticos do mundo e hoje, com 80 anos, possui uma bagagem de milhares de liftings, plásticas de seios e muitas outras cirurgias. Foi professor de mais de 600 operadores plásticos, que trabalham em pelo menos 43 países e é o inventor de processos que são copiados mundialmente, incluindo técnicas para reduzir cicatrizes, e o denominado "lifting brasileiro de bumbum", onde carne é adicionada aos glúteos da paciente para arredondá-los.
"Pitanguy criou a cirurgia plástica que conhecemos hoje", disse Bryan Mendelson, presidente da Isaps, com sede em New Hampshire, e que conta com 1,6 mil membros em 90 países. "Ele acabou com alguns tabus, popularizou a cirurgia plástica, e seu legado sobreviverá por meio de seus alunos."
Custo acessível
O grande atrativo para o turismo de saúde no Brasil é o preço muito mais em conta em relação ao país de origem do paciente, especialmente por conta do câmbio. "Pacientes em potencial que moram em países onde os cuidados com a saúde são caros, podem tomar um avião, vir ao nosso país, e fazer plástica pela metade do preço", diz Osvaldo Saldanha, presidente da Sociedade de Cirurgia Plástica do Brasil.
Um lifting facial custa em média US$ 6 mil nos EUA, segundo o site da American Society for Aesthetic Plastic Surgery (Asaps), grupo que representa os cirurgiões plásticos norte-americanos, e não afiliado à Isaps. No Brasil, essa cirurgia custa apenas US$ 1,9 mil. Pelo preço relativamente módico, os pacientes em geral são tratados como reis em terra tupiniquim, longe dos olhos curiosos de amigos e colegas.
"As clínicas em geral são muito luxuosas e oferecem aos estrangeiros a privacidade que procuram", disse William Weissman, chefe da seção consular no consulado-geral dos EUA no Rio de Janeiro. Pacientes em potencial cada vez mais procuram na internet pacotes que incluem festas, passeios e hotéis à beira-mar, além da cirurgia.
Entretanto, João Carlos Sampaio Góes, ex-presidente da Isaps, adverte que as pessoas devem levar a sério todas as operações plásticas. "Mesmo a mais simples das cirurgias plástica, como para pálpebras caídas, envolve riscos", pondera. "É uma irresponsabilidade vender férias que incluem uma operação desse tipo."
Gazeta Mercantil
Os números indicam o País como o local mais popular para a realização de cirurgias plásticas fora os Estados Unidos - um centro mundial para o que o ministério chama de lipoturismo, um trocadilho para lipoaspiração, procedimento cirúrgico que remove a gordura do estômago e coxas.
Para a Sociedade Internacional de Cirurgia Estética (Isaps), o mundo vem ao Brasil para acabar com rugas e diminuir o abdômen em boa parte devido à influência do Ivo Pitanguy. O brasileiro é um dos primeiros cirurgiões plásticos do mundo e hoje, com 80 anos, possui uma bagagem de milhares de liftings, plásticas de seios e muitas outras cirurgias. Foi professor de mais de 600 operadores plásticos, que trabalham em pelo menos 43 países e é o inventor de processos que são copiados mundialmente, incluindo técnicas para reduzir cicatrizes, e o denominado "lifting brasileiro de bumbum", onde carne é adicionada aos glúteos da paciente para arredondá-los.
"Pitanguy criou a cirurgia plástica que conhecemos hoje", disse Bryan Mendelson, presidente da Isaps, com sede em New Hampshire, e que conta com 1,6 mil membros em 90 países. "Ele acabou com alguns tabus, popularizou a cirurgia plástica, e seu legado sobreviverá por meio de seus alunos."
Custo acessível
O grande atrativo para o turismo de saúde no Brasil é o preço muito mais em conta em relação ao país de origem do paciente, especialmente por conta do câmbio. "Pacientes em potencial que moram em países onde os cuidados com a saúde são caros, podem tomar um avião, vir ao nosso país, e fazer plástica pela metade do preço", diz Osvaldo Saldanha, presidente da Sociedade de Cirurgia Plástica do Brasil.
Um lifting facial custa em média US$ 6 mil nos EUA, segundo o site da American Society for Aesthetic Plastic Surgery (Asaps), grupo que representa os cirurgiões plásticos norte-americanos, e não afiliado à Isaps. No Brasil, essa cirurgia custa apenas US$ 1,9 mil. Pelo preço relativamente módico, os pacientes em geral são tratados como reis em terra tupiniquim, longe dos olhos curiosos de amigos e colegas.
"As clínicas em geral são muito luxuosas e oferecem aos estrangeiros a privacidade que procuram", disse William Weissman, chefe da seção consular no consulado-geral dos EUA no Rio de Janeiro. Pacientes em potencial cada vez mais procuram na internet pacotes que incluem festas, passeios e hotéis à beira-mar, além da cirurgia.
Entretanto, João Carlos Sampaio Góes, ex-presidente da Isaps, adverte que as pessoas devem levar a sério todas as operações plásticas. "Mesmo a mais simples das cirurgias plástica, como para pálpebras caídas, envolve riscos", pondera. "É uma irresponsabilidade vender férias que incluem uma operação desse tipo."
Gazeta Mercantil