25 de junho de 2010

A PSDB culpa agenda por queda de Serra


A subida de sete pontos porcentuais da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, na pesquisa CNI/Ibope – de 33%, em maio, a 40% – e a queda de José Serra (PSDB), de 38% a 35% , fizeram o tucanato cobrar, nos bastidores, mudanças na campanha. Líderes da legenda reclamaram de desorganização de agendas e de centralização das decisões a cargo de Serra. E querem “ajuste fino” no marketing e na comunicação da campanha, a cargo de Luiz Gonzalez, nome escolhido por Serra mas que enfrenta resistência de caciques do PSDB de fora do Sudeste.

“Não vamos nos conformar com a tese de que a pesquisa foi ruim para o Serra pela quantidade das propagandas do governo ser maior se comparadas com o nosso programa e as nossas inserções. Isso é superfície”, analisou liderança tucana. Na avaliação de um parlamentar do partido, é preciso “parar de ter medo” do candidato. “A campanha não é do Serra, é do PSDB. O que está em jogo é o futuro do País e da oposição”.

Um dos estrategistas da campanha, deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA) disse que a pesquisa foi “surpresa”, e admitiu que todo levantamento em que o candidato fica atrás gera estresse. Mas advertiu que não se muda o rumo por pesquisa quando levantamentos internos dizem que o candidato vai bem. Para ele, o PSDB precisa “tirar Dilma da toca”, comparando-a com Serra e forçando o debate.

Presidente nacional do PSDB e coordenador da campanha de Serra, Sérgio Guerra veio a São Paulo tratar com o candidato, além da pesquisa, a finalização de palanques regionais e a escolha do vice. O tucanato, porém, tentou de todo modo esconder a reunião. Serra saiu de casa de carro, cercado de seguranças, para local ignorado.

O presidente do DEM, Rodrigo Maia, reconheceu que o discurso da oposição é difícil. “O Serra tem que falar em melhora futura, sem gerar insegurança no presente. O desafio da Dilma é não mexer no que está dando certo”. Diretor da MCI Estratégia, Amauri Teixeira disse considerar “temerário” que o PSDB passe a atacar o presidente Lula. “É a pior reação, atacar presidente com mandato que tem 81% de aprovação popular”, afirmou.

‘Colado’ em Alckmin
Pela pesquisa do Ibope, Serra teve queda no Sudeste – que inclui São Paulo, seu reduto eleitoral. Jutahy diz que “é obvio que o PSDB tem que procurar saber o que ocorre na região em que é mais forte e tem o governo dos dois principais Estados: SP e MG. “Não podemos descuidar desta região que é fundamental para a nossa vitória.”

Assim como fez domingo, Serra assistirá hoje o jogo da Seleção Brasileira contra Portugal ao lado do candidato do PSDB ao governo, Geraldo Alckmin, em Bragança Paulista. Alckmin tem registrado intenções de voto superiores às obtidas por Serra no Estado. Por isso, tucanos querem “colar” as votações da dupla. Depois, Serra segue a Parintins (AM), onde haverá a festa do Boi Bumbá.

A equipe de Serra anunciou novos integrantes, como Xico Graziano, que deixou o cargo de secretário de Meio Ambiente; Rubens Rizek, da Corregedoria Geral da Administração; Gilda Portugal, da Educação, e o vereador Floriano Pesaro.

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