À sombra da disputa presidencial, que deve mobilizar as cúpulas de PT e PSDB, os pré-candidatos ao governo do Estado Aloizio Mercadante e Geraldo Alckmin buscam alternativas para compor as equipes de campanha. Com a desistência do senador Eduardo Suplicy em disputar prévias, o PT vai reunir 1,2 mil delegados regionais para oficializar a candidatura de Mercadante. Já Alckmin busca formar quadro de confiança, com tucanos de segundo escalão, para se lançar à disputa após evento que confirmará José Serra como presidenciável dia 10.
No encontro do PT, a sigla deve confirmar o nome do prefeito de Osasco, Emídio de Souza, como principal coordenador de campanha de Mercadante. O convite teria partido do próprio senador. “Adiantei que só aceitaria por cargo relevante na campanha”, diz Emídio. Indagado se o cargo seria de coordenador, respondeu “pode ser”.
O plano de governo de Mercadante ficará a cargo do ex-prefeito de Guarulhos, Elói Pietá, e da dirigente do PT Angélica Fernandes. Na articulação com prefeitos, Edinho Silva deve contar com o apoio de Sebastião Almeida, prefeito de Guarulhos, e Mário Reali, de Diadema. Para evitar desgastes nas contas, deve ser escalado na tesouraria o secretário estadual de finanças da sigla, Irineu Pereira.
Sem cargos definidos estão o ex-prefeito de Piracicaba, José Machado, o suplente de Mercadante, José Giacomo Baccarin, e o vereador Chico Macena, que abriria mão de tentar a Assembleia.
Antônio Mentor, líder do PT na Assembleia Legislativa, ressalta que nada está fechado, mas que há grandes chances de que os nomes ventilados se confirmem. “São pessoas qualificadas, muito próximas ao que o partido busca”, disse ele, que confirmou ainda Suplicy na equipe. “Ele próprio se prontificou e, apesar de não gostar das burocracias, é um ‘campanheiro’ de primeira e estará com Mercadante”.
Alckmistas
Escolhido a contragosto de parte do tucanato paulista, que preferia na disputa o chefe da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, Alckmin recruta, por ora, correligionários e assessores de segundo escalão para comandar sua candidatura ao Palácio dos Bandeirantes.
O núcleo da campanha será encabeçado pelo ex-secretário municipal de Subprefeituras, Andrea Matarazzo, que ficou ao lado do tucano na disputa contra Gilberto Kassab (DEM) à Prefeitura, em 2008, e por Marcos Campagnone, ex-presidente da Empresa Paulista da Planejamento Metropolitano (Emplasa) no governo Alckmin. O primeiro está cotado a ser coordenador, com a função de articular junto ao empresariado doações ao comitê com o auxílio do secretário-adjunto de Gestão e tesoureiro do PSDB, Marcos Monteiro. Já Campagnone deve formatar o programa de governo.
Ao lado de Alckmin na Secretaria de Desenvolvimento, de onde deve sair até sexta, os assessores Fábio Lepique e Felipe Sigolo e o chefe de gabinete Orlando Baptista Neto devem cuidar da agenda e da articulação com prefeitos e lideranças regionais. Na capital, essa função ficará com o vereador Floriano Pesaro e Matarazzo.
Segundo o deputado estadual Paulo Alexandre Barbosa, o presidente municipal do PSDB, José Henrique Reis Lobo, que deixou o governo para cuidar da campanha de Serra, também terá papel importante na campanha ao governo. O secretário-geral do PSDB-SP, Cesar Gontijo, ressalvou, porém, que Alckmin só deve escalar sua equipe após o lançamento da candidatura, que deve ocorrer entre os dias 15 e 17 de abril.
EQUIPE TUCANA
Andrea Matarazzo deve coordenar a campanha e atrair doadores
Marcos Campagnone deve formatar o programa de governo
Fábio Lepique deve cuidar da agenda do candidato
Felipe Sigolo deve cuidar da articulação com prefeitos e líderes
Orlando Baptista Neto deve auxiliar na articulação política
Marcos Monteiro deve cuidar das contas do comitê
Floriano Pesaro articula em SP
EQUIPE PETISTA
Emídio de Souza deve coordenar a campanha
Elói Pietá e Angélica Fernandes serão os responsáveis pelo programa de governo
Irineu Pereira cuidará das contas de campanha
Edinho Silva, Sebastião Almeida, e Mário Reali irão trabalhar na mobilização de prefeitos
José Machado, José Giacomo Baccarin e Chico Macena devem atuar na campanha, mais ainda não têm função definida
