14 de agosto de 2009

Manifestantes pedem impeachment de Yeda em protesto em Porto Alegre

Mais de dez mil manifestantes ocuparam na manhã desta sexta-feira (14) as ruas centrais de Porto Alegre num protesto a favor do impeachment da governadora gaúcha Yeda Crusius. Integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Cpers (Sindicato dos Professores Estaduais) marcharam até o Palácio Piratini empunhando faixas e cartazes contra a governadora. Até o final da manhã, o protesto era pacífico.

Segundo a Brigada Militar, cerca de 10.000 pessoas se concentraram em frente ao palácio a partir das 11h. Dois carros de som transmitiam palavras de ordem contra a governadora, que está cumprindo agenda no Centro Administrativo do Estado. À tarde, ela se desloca para a serra gaúcha, onde participa do Festival de Cinema de Gramado.

Cerca de 50 manifestantes do PSDB também foram para a frente do Palácio defender a governadora, acusada pelo Ministério Público Federal (MPF) de improbidade administrativa. Os militantes tucanos levaram cartazes de apoio à Yeda e distribuíram rosas brancas para a população que transitava pelo local. Entre os manifestantes estava o marido da governadora, Carlos Crusius - um dos nove réus na ação movida pelo MPF.

A governadora e mais oito pessoas são acusadas pelo MPF de se beneficiarem das fraudes praticadas no Detran, investigadas pelas operações Rodin e Solidária. O esquema de fraudes desviou cerca de R$ 44 milhões dos cofres públicos, segundo o Ministério Público.

Além de Yeda e do marido, dois deputados estaduais ligados ao governo e um deputado federal são acusados. A assessoria particular da governadora também é ré no processo. Na Assembleia Legislativa, dois pedidos de impeachment estão tramitando nas comissões internas da Casa. Nenhum deles tem condições ainda de ser votado.

Os manifestantes utilizaram nove bonecos em tamanho natural dos réus na ação. Em frente ao Palácio da Polícia, os bonecos foram algemados .

Durante a madrugada, no Parque Harmonia, cartazes com palavras de ordem contra a governadora, de cerca de seis metros de altura, foram retiradas dos manifestantes. Segundo o coronel João Carlos Trindade, comandante-geral da BM, os objetos poderiam ser utilizados contra a integridade física dos próprios manifestantes.

A BM concentrou 400 policiais na área central de Porto Alegre para prevenir possíveis tumultos. Operadores de carros de som estão sendo orientados sobre a utilização de palavras de ordem, que não podem ser ofensivas. Durante toda a manhã, o trânsito ficou lento no centro da cidade e nas ruas adjacentes.

No início da manhã, duas barreiras também foram montadas na entrada de Porto Alegre - uma na avenida Castelo Branco e outra próxima ao aeroporto. De acordo com o coronel Trindade, a ação foi preventiva para detectar materiais perigosos e objetos cortantes que pudessem estar com os manifestantes.

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