Embora já tenham a garantia do Governo Federal de que as alíquotas reduzidas de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) serão mantidas até o final do ano, os empresários do setor de materiais de construção querem a extensão do benefício por mais tempo.
Ontem, em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Construção (Abramat), Melvyn Fox, afirmou que as reformas e as construções demoram para serem concluídas e, por isso, para que os reflexos positivos da medida sejam sentidos pelas indústrias e aproveitados pelos consumidores é preciso que ela vigore por mais tempo.
"Construir ou reformar uma casa não é um produto acabado, como fogão, geladeira ou automóvel que as os consumidores encontram nas lojas", comentou representante da Abramat. Ele lembrou que o setor já conseguiu a prorrogação antecipada do benefício até o final deste ano, mas, segundo ele, isso representará um período total de nove meses de vigência da redução do imposto.
Na mesma reunião, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, defendeu a manutenção das alíquotas reduzidas de IPI na comercialização de produtos da chamada linha branca. Como justificativa, disse que a medida permitiu aumento médio de 20% nas vendas.