8 de julho de 2008

Governo reduz gasto com cartão corporativo


Do início deste ano a 31 de maio, houve queda vertiginosa: foram R$ 17, 8 milhões, uma média mensal de R$ 3,57 milhões. Houve queda de R$ 2,8 milhões ou 44%.

Na prática, as descobertas da má aplicação do cartão fizeram com que seus usuários freassem as compras e, sobretudo, os saques em dinheiro vivo, feitos por esse mecanismo.


SUSPENSÃO

Antes mesmo de o governo determinar que os ministros não poderiam mais fazer uso direto do instrumento, os integrantes do primeiro escalão suspenderam a prática imediatamente. Assim, desde fevereiro os ministros já não vinham fazendo uso do dinheiro de plástico.

Segundo a assessoria de imprensa da Controladoria-Geral da União (CGU), os gastos foram muito elevados no ano passado por causa de eventos excepcionais, como a realização dos Jogos Pan-Americanos, no Rio de Janeiro, o que demandou o crescimento das despesas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), além do censo agropecuário, que implementou os custos atribuídos ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mesmo assim, o órgão admite que, descontados esses pagamentos, ainda houve redução dos gastos com cartões no primeiro semestre deste ano. Porcentual que aumenta, porém, se for analisado apenas o período de fevereiro a junho, já que os gastos de janeiro contabilizam sempre pagamentos feitos em dezembro do ano anterior.

"Em 2007 ocorrem gastos sazonais excepcionais nas áreas do IBGE e Abin, os quais não se repetiram em 2008. Retirada a diferença causado por esses eventos, os gastos em 2008 diminuíram, em relação a 2007, um porcentual de 4% no período de janeiro a junho. É importante observar que os gastos expostos no portal como janeiro se referem, na verdade, a dezembro do ano anterior, o que pode indicar que seja mais adequado fazer a comparação excluindo janeiro. Nesse caso, a diferença é 19% (fevereiro a junho)", informa a CGU.

Além disso, a controladoria admite que, depois das novas orientações feitas pelo governo e pelo próprio órgão, gastos que eram feitos inadequadamente com os cartões passaram a ser realizados de outras maneiras. "Com as orientações dadas pela CGU nos últimos meses, algumas despesas que não eram próprias para serem feitas com suprimento de fundos (contas tipo B ou cartão) por não serem propriamente eventuais, migraram para o regime normal de empenho direto ao fornecedor ou prestador de serviço", explica a assessoria.

A CGU avalia, entretanto, que deve haver novo crescimento na utilização do cartão a partir do próximo mês, uma vez que foram extintas em junho as chamadas contas do tipo B. O cartão foi idealizado justamente para substituir esse tipo de conta, que permite muito menos transparência no acompanhamento das compras.

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