Considerados inabilitados, executivos recorreram e seguem operando
Quatro dos principais executivos e instituições ligadas ao Grupo Opportunity acumulam punições da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão regulador e fiscalizador do mercado. Desde 2000, receberam três penalidades administrativas por irregularidades e multas que totalizam R$ 910 mil.
Constam dos autos da CVM os nomes de Verônica Dantas, irmã do banqueiro, Dório Ferman, presidente do banco e principal gestor dos fundos de investimento, Arthur Carvalho e Maria Amália Coutrim, todos detidos na Operação Satiagraha. Maria Amália foi a única não multada, mas a comissão a considerou inabilitada para operar no mercado financeiro, punição imposta também a Verônica e Arthur Carvalho.
Todos eles continuam atuando no mercado, sem restrições, enquanto aguardam o julgamento dos casos pelo Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, que funciona como uma segunda instância para as decisões tomadas pela CVM.
Em 2007, os advogados do Opportunity conseguiram reverter parte das multas (R$ 480 mil), pela impossibilidade de se obter a lista do Opportunity Fund. O Opportunity informou, via assessoria, que recorre de todas as acusações.