16 de junho de 2008

Novo ciclo de riquezas virá com a potência do petróleo


Embalado pelos ares majestosos da democracia, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva relembrou, em mais de uma hora de entrevista, sua trajetória da linha de frente do movimento sindical até os dias atuais, no segundo ano do segundo mandato. O tempo todo em tom descontraído, vislumbrou o futuro próximo, com o desejo de, além de eleger o sucessor, sair para viajar pelo País e não mais voltar ao poder. Sabedor de seu destino, o presidente reconhece que o regime de liberdade sindical e eleitoral resgatou o rumo do desenvolvimento nacional e exigiu mudanças profundas dos movimentos sociais brasileiros. "Nossa marca registrada era a contestação. Hoje todos têm que apresentar propostas." Já amadurecido pela experiência, aponta que as reivindicações agrárias precisam mudar. "O problema agora é de natureza econômica e não mais de assentamentos." Após um grande esforço nacional pela estabilização econômica, chegou a hora de aproveitar o novo ciclo de riquezas que virá especialmente com as descobertas de petróleo. "As pessoas têm que saber que ganhar dinheiro é bom." O presidente afirma ser cedo para falar em legado, mas contabiliza que na a´rea da educação, ao final de oito anos, terá entregue 214 novas escolas técnicas. "Em 93 anos, desde que a primeira foi inaugurada por Nilo Peçanha, apenas 140 foram contruídas", comemora. É na a´rea da educação e do combate à pobreza que pretende concentrar os recursos que serão gerados com a "verdadeira indústria petroleira que queremos construir". Não só para exportar óleo bruto, mas de derivados. O presidente acredita que em poucos anos o Brasil se posicionará como a terceira ou quarta maior potência de petróleo no mundo. Isso confere otimismo de sobra para enfrentar os desafios com a nova onda de inflação no planeta. "Vamos resolver a questão do preço dos alimentos e com os investimentos que estão sendo feitos encontrar o equilíbrio do desenvolvimento sustentado", diz com tranqüilidade.

Mais uma vez, afirma que o governo se manterá distante da tramitação do projeto de substituição da CPMF. Promete neutralidade nas próximas eleições municipais e nega enfaticamente que considera a ministra Dilma Rousseff sua candidata e favorita à sucessão em 2010. No plano internacional reconhece a importância dos mais de cinco milhões de brasileiros emigrantes que hoje respondem pelo envio de mais de US 7 bilhões em divisas, segundo o Banco Mundial. Também não admite que torce, mas saúda a oficialização da candidatura de Barack Obama na corrida presidencial nos Estados Unidos.
Ouça a integra da entrevista com o presidente Lula no site gazetamercantil.com.br

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