19 de dezembro de 2007

A economia


A qualidade de vida do brasileiro é melhor que a da maioria dos russos, que vem de uma transição selvagem da economia estatal para a economia de mercado; dos chineses, que vivem uma acelerada transição da economia agrícola para a economia industrial; e dos indianos, sujeitos ainda hoje a um anacrônico regime de castas sociais.A vida dos brasileiros é melhor que a dos mexicanos. É inegável o impacto social do crescimento econômico com inflação sob controle. Ainda mais porque está sendo complementado por políticas governamentais de combate à miséria. O Brasil de fato melhorou nos cinco anos de governo Lula, não importa se poderia ter melhorado ainda mais, como afirma a oposição. Essa é outra discussão, que pode ficar para o novo ano.

Há que se destacar as previsões otimistas do mercado financeiro. O Banco Central prevê uma expansão de 5,06% neste ano, ante 4,71% previstos anteriormente. Para 2008, esperam um PIB (Produto Interno Bruto) de 4,4%. A previsão anterior era 4,3%. A produção industrial foi elevada de 5,70% para 5,80% e, para o ano que vem, mantida em 4,50%. Devemos fechar o ano com US$ 33 bilhões de investimentos e receber mais US$ 25 bilhões para 2008. O dólar deve fechar o ano cotado a R$ 1,76. A inflação pode subir por causa da expansão do mercado interno (maior do que o crescimento da oferta), reflexo das políticas de transferência de renda. A projeção para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foi elevada de 4,10% para 4,21%. A meta do governo é de 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos percentuais. Para o próximo ano, os analistas ajustaram a previsão de 4,10% para 4,20%. O saldo da balança comercial permanece estável, em torno dos US$ 40 bilhões, mas pode cair para US$ 33 bilhões em 2008.

A política

Reeleito de forma consagradora, Lula não termina o ano satisfeito, apesar dos bons resultados da economia. Sua aposta na aceleração da economia, que começa a dar sinais alentadores, ainda não se concretizou plenamente. Os leilões das rodoviais federais e da hidroelétrica do Rio Madeira foram um sucesso. Diga-se de passagem, são mais importantes para o desenvolvimento regional a Ferrovia Transnordestina, os portos, a siderúrgica do Ceará e a refinaria de petróleo de Pernambuco.

Lula não termina o ano satisfeito porque está sendo obrigado a cortar gastos e fazer escolhas que não gostaria, principalmente às vésperas do Natal. A derrubada da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que representa uma queda na arrecadação de R$ 40 bilhões (aproximadanente 7% da receita da União), doravante, tudo será diferente, principalmente no Senado.

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