A retomada das negociações para o acordo comercial de livre comércio entre a União Européia (UE) e o Mercosul ocorrerá em um momento totalmente diferente do existente em 2004, quando elas foram interrompidas. As propostas de cotas colocadas na mesa em 2004, por exemplo, já estão superadas, afirmou o conselheiro do Fórum Empresarial Mercosul União Européia (MEBF) e presidente da IP Desenvolvimento Empresarial e Institucional, Ingo Plöger.
De acordo com o executivo, naquela época, havia um consenso de 91% dos 9 mil itens colocados na mesa de negociação entre os dois blocos. "Faltava muito pouco para se fechar um acordo. Mas cotas propostas já foram superadas em 2006", afirmou ele, citando como exemplo a cota para a importação de automóveis, de 60 mil unidades, já foi ultrapassada quase duas vezes, pois a importação atual gira em torno de 100 mil unidades. "As cotas previstas de carne e frango também foram superadas assim como a cota para o etanol é bem menor do que a demanda atual da Europa".
Para o empresário, esse fato é reflexo da falta de visão futura dos negociadores anteriores. "Eles deveriam ter ouvido mais o empresariado antes de fazer as estimativas para dez anos que eram totalmente fora da realidade pois não previam a velocidade de crescimento do mercado", disse ele, criticando também a falta de flexibilidade no acordo.
Pögler elogiou a vinda ao Brasil do diretor adjunto de comércio da UE e negociador chefe para o Mercosul, Karl Falkenberg, na semana passada, e a sua iniciativa em ouvir o empresariado local. "Isto é bastante positivo pois dá a chance de ele ouvir quais são as principais preocupações e o pleito de cada setor. Com isso, ambos os lados sairão ganhando com um acordo mais realista".
No entanto, Pögler ressaltou que a demora em fechar o acordo UE-Mercosul, cujas negociações começaram em 1999, é prejudicial para os dois blocos. "Não podemos olhar os oito anos sem acordo sem nos preocupar. As perdas anuais no fluxo comercial são de aproximadamente US$ 3 bilhões", disse Pögler, com base em pesquisas datadas de 2005. "O potencial de sinergia hoje pode chegar a 20% do comércio bilateral", afirmou.
De acordo com o executivo, naquela época, havia um consenso de 91% dos 9 mil itens colocados na mesa de negociação entre os dois blocos. "Faltava muito pouco para se fechar um acordo. Mas cotas propostas já foram superadas em 2006", afirmou ele, citando como exemplo a cota para a importação de automóveis, de 60 mil unidades, já foi ultrapassada quase duas vezes, pois a importação atual gira em torno de 100 mil unidades. "As cotas previstas de carne e frango também foram superadas assim como a cota para o etanol é bem menor do que a demanda atual da Europa".
Para o empresário, esse fato é reflexo da falta de visão futura dos negociadores anteriores. "Eles deveriam ter ouvido mais o empresariado antes de fazer as estimativas para dez anos que eram totalmente fora da realidade pois não previam a velocidade de crescimento do mercado", disse ele, criticando também a falta de flexibilidade no acordo.
Pögler elogiou a vinda ao Brasil do diretor adjunto de comércio da UE e negociador chefe para o Mercosul, Karl Falkenberg, na semana passada, e a sua iniciativa em ouvir o empresariado local. "Isto é bastante positivo pois dá a chance de ele ouvir quais são as principais preocupações e o pleito de cada setor. Com isso, ambos os lados sairão ganhando com um acordo mais realista".
No entanto, Pögler ressaltou que a demora em fechar o acordo UE-Mercosul, cujas negociações começaram em 1999, é prejudicial para os dois blocos. "Não podemos olhar os oito anos sem acordo sem nos preocupar. As perdas anuais no fluxo comercial são de aproximadamente US$ 3 bilhões", disse Pögler, com base em pesquisas datadas de 2005. "O potencial de sinergia hoje pode chegar a 20% do comércio bilateral", afirmou.