A situação do governador em exercício do Distrito Federal, Paulo Octávio, no Democratas (DEM), está cada vez mais complicada. Deputado e um dos vice-presidentes do partido, Ônyx Lorenzoni (RS) confirmou quarta-feira que a Executiva Nacional do DEM deve mesmo abrir processo disciplinar contra o governador Paulo Octávio para forçá-lo a se desligar do partido.
A reunião do DEM para decidir que postura o partido adotará em relação ao governador em exercício está marcada para a próxima terça-feira. O parlamentar gaúcho é um dos integrantes da Executiva que defende a expulsão de Paulo Octávio. Junto com ele, estão o presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO), e o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO). O grupo também defende a dissolução do diretório regional do DF, tendo em vista a grande influência exercida por Paulo Octávio na instância.
– Nos sentimos traídos por uma pessoa em que acreditávamos e apostávamos. Não tem jeito, tem que cortar na carne – afirmou Lorenzoni.
Segundo o deputado, se aberto, o processo disciplinar contra Paulo Octávio deve seguir o mesmo rito adotado contra o governador licenciado, José Roberto Arruda, que teve um prazo de oito dias para defender-se. Antes de encerrado o prazo, Arruda desfiliou-se do Democratas para evitar o constrangimento da expulsão.
Para o vice-presidente do DEM, “a situação se agrava na medida em que o partido não tem nenhuma razão para suportar um desgaste que não é nacional”.
Demóstenes Torres, por sua vez, reafirmou quarta-feira que defenderá na reunião da executiva a expulsão de Paulo Octávio e a dissolução do diretório regional do DF. O senador manteve a opinião mesmo após ser visitado pelo governador em exercício. Paulo Octávio visitou Torres em Goiânia numa tentativa de convencer o parlamentar a aceitar sua permanência no partido.
– Não adianta fugir do problema – resumiu o senador.
