27 de dezembro de 2009



O escândalo do “mensalão do DEM”, que arrasou a administração do governador José Roberto Arruda (sem partido), foi interpretado por muitos como a morte do discurso ético na sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e nas demais eleições de 2010. Haveria uma espécie de terra arrasada, na qual todos os partidos políticos em condições de disputar o poder teriam telhado de vidro, incapazes de resistir às pedradas dos adversários na campanha eleitoral. Nada mais falso, revelaram as pesquisas Datafolha divulgadas no decorrer da semana.

A avaliação dos governadores dos 10 maiores estados do país, por exemplo, mostra claramente o estrago eleitoral dos desvios éticos em administrações que aparentemente apresentavam bom desempenho. A governadora tucana Yeda Crusius (PSDB), no Rio Grande do Sul, salvou os gaúchos do colapso financeiro e administrativo, mas teve o projeto de reeleição praticamente inviabilizado por causa do escândalo do Detran. O governador José Roberto Arruda, que transformou o Distrito Federal num canteiro de obras, também foi volatilizado. Por ora, o ex-governador Joaquim Roriz foi beneficiado pela crise, mas não está livre de ser tragado por ela.

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