11 de setembro de 2009

Uma barbaridade


Foi confirmado que o tiro que matou Ana Cristina Macedo, 17 anos, na favela de Heliópolis, há 11 dias, saiu da arma de um policial da Guarda Civil Municipal de São Caetano do Sul. Em qualquer situação a morte da adolescente seria trágica. Mas se torna mais grave por ter sido causada por servidores que têm como trabalho defender a população.

A cearense Ana Cristina era estudante, evangélica e mãe de uma criança de um ano e oito meses. Planejava sair de Heliópolis para viver com o namorado em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Em seu último dia de vida, voltava do colégio quando foi pega de surpresa por um tiroteio entre guardas e suspeitos de roubo. Tentou se esconder. Mas foi alcançada por um tiro no pescoço.

Os guardas civis que entraram na favela naquela noite já chegaram atirando. Não adianta dizer agora que não houve "intenção de matar". Quem invade um bairro soltando tiros no meio da noite assume o risco de acertar um inocente. Os guardas nem deviam estar em Heliópolis, para começo de conversa. Não eram de São Caetano do Sul?

Esse foi o resultado previsível de uma força policial mal treinada e afobada, que não tem limites claros de atuação. O guarda que matou a garota vai ser indiciado por homicídio culposo (sem intenção). Mas para que a tragédia não se repita, vai ser preciso treinar direito todos os policiais e guardas, que lidam com a vida, o bem mais precioso da população.

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