O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou ao ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que faça um levantamento, até o fim da semana, sobre as demissões nas 100 principais empresas do país. Com o mapa em mãos, Lula discutirá medidas a fim de ajudar o grupo mais afetado pela crise e estimular a produção no setores que fecharam mais de postos de trabalho. “Temos um primeiro trimestre difícil. A crise bateu na economia real. É necessário um esforço maior para enfrentar o desemprego”, disse um ministro próximo do presidente Lula.
Integrantes da equipe econômica já estudam uma série de “medidas pontuais”. Uma das prioridades é desonerar novos investimentos. Essas iniciativas isoladas continuarão a ser adotadas, mas o governo entende que a principal ferramenta para combater o desemprego são os investimentos. Por isso, pretende discutir ações em duas frentes: uma delas é interna e prevê a realização de uma nova reunião ministerial, que será realizada até o início de fevereiro, e discutirá crise, os dois anos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a execução orçamentária. Como fez no fim de 2008, Lula instará os auxiliares a acelerarem os investimentos em obras e programas sociais.
A outra frente é externa. Trata-se dos anúncios de novos projetos, destinados a aguçar o apetite dos empresários. No primeiro bimestre, por exemplo, o Programa Nacional de Habitação, orçado em cerca de R$ 200 bilhões, será divulgado. “A construção civil é um setor fortemente empregador”, afirma o ministro.