17 de junho de 2008

Fome zero lá


O ministro do Comércio do Iraque, Abdul Falah Al Sudani, disse ontem que seu governo pretende transformar o Brasil em um dos principais fornecedores do Fome Zero iraquiano, que existe desde 1990 e depende em grande parte da importação de alimentos.

"O Brasil exporta quase todo tipo de alimento, e por isso queremos que o país se torne um dos líderes mundiais no nosso programa de fornecimento de cestas básicas à população", afirmou Al Sudani, depois de tratar do assunto com o ministro Miguel Jorge (Desenvolvimento), em São Paulo.

Graças ao aumento das receitas obtidas com a exportação de petróleo, Bagdá vem buscando melhorar a qualidade dos nove itens da cesta básica mensal subsidiada pelo governo e distribuída a praticamente todos os lares iraquianos.
O sistema foi implementado pelo ditador Saddam Hussein (1979-2003) para aliviar o embargo econômico imposto pela ONU em 1990. Mesmo com o fim das sanções, há cinco anos, o programa continuou.

Alimentos como frango, açúcar e leite em pó já representam 16 dos 20 itens mais vendidos pelo Brasil ao Iraque.
As exportações brasileiras alcançaram US$ 226 milhões no ano passado -o melhor resultado desde a época pré-embargo, quando Brasília e Bagdá tinham forte parceria comercial.

Al Sudani continua hoje sua agenda com encontros em Brasília. Ele pedirá ao chanceler Celso Amorim que acelere a reativação da Embaixada do Brasil em Bagdá, parada desde 1990. O Itamaraty trata dos assuntos iraquianos na Jordânia e promete reabrir a representação em Bagdá até 2009.
A Embaixada do Iraque em Brasília ainda espera a chegada do primeiro embaixador da era pós-Saddam.

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