"Enquanto os consumidores americanos estão apertando o cinto, os brasileiros estão gastando como se não existisse a palavra recessão em português", diz reportagem do jornal americano New York Times publicada no fim-de-semana. O texto afirma ainda que "a classe média está crescendo e mais brasileiros têm mais dinheiro".
O jornal atribui o bom momento econômico e a vitalidade da economia brasileira a uma combinação de fatores, entre eles a valorização das cotações internacionais das matérias-primas, impulsionada pelo aumento da demanda ponteada pela China no mercado mundial.
Ressalta ainda o NYT que o controle da inflação, "graças à administração competente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva", também contribuiu para o bom momento econômico que os brasileiros atravessam.
Em seguida, cita ainda como fatores que embasam sua avaliação positiva o aumento de 21% nas vendas do telefones celulares, ao mesmo tempo em que teriam triplicado as de notebooks e televisões de plasma.
E destaca o aumento das linhas de crédito, que fez elevar em 72% a vendas de casas, e as de automóveis em 45%
"O crédito explodiu como um fenômeno regional, disseram s economistas ouvidos pelo jornal, e, apesar dos temores diante da inflação, o Banco Central elevou a taxa básica de juros em meio ponto percentual, depois de mais de dois anos sem qualquer reajuste. Além disso há o destaque de que as taxas de juros caíram de 25% quando Lula assumiu em 2003, para 11,25% no ano passado.
"A nova realidade é clara no Brasil: o número de cartões de crédito subiu 20% no ano passado. E, particularmente do mercado automobilístico, houve um recorde nas vendas no ano passado, 2,46 milhões de unidades, segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos. As vendas foram 31% maiores que no ano anterior.
"Na indústria automotiva, o parcelamento pode ser em até 82 vezes. O que aconteceu? O setor corre o sério o risco de alcançar a capacidade máxima de produção no próximo ano, e os brasileiros já entram em filas de espera para poderem comprar um carro" – diz o jornal
O NYT cita ainda declaração do diretor executivo de pesquisas da Morgan Stanley no brasil, Marcaleo Carvalho, que afirma: " Antigamente, quando os EUA espirravam, o Brasil pegava uma pneumonia, mas esse já não é o mais o caso."